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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O Alvo Maior



Estava meditando na passagem de 1 João 2:18-26, onde o apóstolo João nos exorta a ficarmos sempre vigilantes acerca daqueles que dizem ser pessoas de Deus, mas acabam negando o Senhor Jesus na primeira oportunidade, tornado-se assim “anticristos”. A Palavra é forte, mas o que me chamou mais atenção foi esse versículo:

“Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai”.    1 João 2:24

Comecei então a lembrar de todos os ensinamentos que aprendi lá no início da minha aliança com Deus e foi inevitável não lembrar também daqueles que começarem comigo nessa jornada e que, infelizmente, hoje não estão mais na mesma fé. A maioria deles era um grande exemplo de fé para mim na época. Sempre muito ativos na Obra de Deus e prontos para ajudar no que fosse necessário.

Nesse momento, as perguntas constantes na minha mente eram: O que aconteceu com eles? Por quê essas pessoas se permitiram enfraquecer na fé que defendiam com tanto fervor anteriormente?

A resposta para essas perguntas é simples e está bem resumida no versículo acima… Eles não guardaram o que ouviram desde o princípio!

Um dos primeiros e mais importantes ensinamentos que recebemos na fé é: olhar sempre para o Senhor Jesus. Não importa o que aconteça em nossas vidas ou ao nosso redor, Ele é o nosso Alvo maior e não podemos jamais desviar o nosso foco Dele. Assim como diz essa Palavra, se guardarmos e seguirmos à risca esse ensinamento, permaneceremos firmes com Deus e jamais iremos vacilar na fé.

Sabemos que a caminhada da fé não é nenhum mar de rosas. Muito pelo contrário! Por diversas vezes, somos perseguidos, humilhados e até mesmo injustiçados nesse mundo simplesmente pelo fato de termos decidido viver uma vida de fidelidade a Deus. Mas o problema de muitos que começam fervorosos nessa caminhada é que, quando surge a adversidade, esquecem dos ensinamentos que aprenderam, começam a olhar para as pessoas ou para o problema em si ao invés de olharem para o Senhor Jesus e buscarem Nele a força necessária para vencer aquela situação. E quando se dão conta, já estão fracos demais para se levantar e acabam deixando a fé.

Mas e quanto à nós? Estamos realmente guardando o que ouvimos desde o princípio? Será que, diante das adversidades, temos olhado apenas para o Senhor Jesus ou temos desviado o nosso foco para os problemas?

Devemos fazer essa auto-análise constantemente, pois se hoje não temos praticado esse ensinamento, amanhã seremos apenas mais um número dentre aqueles que abandonaram a fé.

Quando o Senhor Jesus é o nosso Alvo maior, não importa o tamanho do problema que está na nossa frente, pois o Espírito Santo nos reveste de força para que venhamos vencer qualquer dificuldade e para que, no final da caminhada, possamos alcançar a Salvação.

“Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. Filipenses 3:14

segunda-feira, 15 de abril de 2013

A Oração da Fé



"Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo". Tiago 5:16
Esse versículo nos afirma que a súplica ou a oração do justo é extremamente poderosa. Mas talvez alguém pergunte: o que caracteriza o justo?
O justo é aquele que obedece a Palavra de Deus e, por essa razão, é justificado pelo próprio Deus. O justo está constantemente se desviando do mal para viver segundo a vontade do Altíssimo. E a Palavra de Deus diz ainda que "o justo viverá pela fé" (Habacuque 2:4).
Agora, vamos analisar os versículos abaixo para entender como isso funciona na prática:
"Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos". Tiago 5:17-18
O exemplo do profeta Elias usado aqui procura chamar a atenção para o fato de que, mesmo estando sujeito aos mesmos sentimentos a que todos nós também estamos, sua oração foi prontamente atendida por Deus nas duas situações acima. Então, qual era a diferença da oração de Elias?
De repente, você pode estar se perguntando nesse momento porquê a sua oração não está sendo atendida ou porquê ela não está trazendo os resultados que você tem buscado. Se você é uma pessoa justa diante de Deus, a resposta se resume a uma palavra: sentimentos.
Para que uma oração tenha eficácia, ela deve expressar uma fé pura, genuína. Não pode haver nenhum sentimento envolvido, pois os sentimentos bloqueiam a ação da fé. Veja que Elias orava com instância, isto é, com firmeza e determinação. Se estivesse apoiado em sentimentos, suas palavras não poderiam manifestar essa mesma firmeza e determinação, mas ao contrário disso, expressariam dúvida e emoção.
É exatamente por isso que a fé jamais pode ser movida pela emoção. A fé que agrada a Deus e traz resultados é a fé inteligente, pois quando usamos a razão, tomamos a iniciativa de comparar a nossa vida com as promessas de Deus. E se não vemos o cumprimento delas, temos argumentos justos para colocar a nossa fé em ação e reivindicar os nossos direitos diante de Deus. Porém quando a fé é emotiva, quanto mais pedimos, nada acontece!
A oração que funciona é a oração da fé. Somente essa oração tem o poder de mover a mão de Deus para nos abençoar trazendo a resposta. 
É hora de deixar de lado os sentimentos, as emoções do coração de uma vez por todas e abrir espaço para a fé inteligente entrar em ação.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O Exemplo de Josafá



Existem vários pontos que falam forte nessa passagem de 2 Crônicas 20, mas o principal, sem dúvida, foi a atitude tomada pelo rei Josafá quando soube da grande multidão de exércitos inimigos que vinha contra ele.

“Então, vieram alguns que avisaram a Josafá, dizendo: Grande multidão vem contra ti dalém do mar e da Síria; eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi. Então, Josafá teve medo e se pôs a buscar ao SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá. 2 Crônicas 20:2-3

A reação natural de Josafá diante daquela adversidade foi o medo, porém o que fez toda a diferença foi a sua atitude de buscar imediatamente ao Senhor e apregoar um jejum, passando por cima do medo. Não houve tempo para que esse ou qualquer outro sentimento humano viesse criar suas raízes em seu interior, pois, ao buscar ao Senhor, ele se colocou 100% na dependência de Deus reconhecendo que, sem a intervenção divina, aquela guerra já estaria perdida.

Assim como as ovelhas são o reflexo do seu pastor, podemos observar que a atitude de Josafá influenciou todo o povo de Judá visto que, logo em seguida: “Judá se congregou para pedir socorro ao SENHOR; também de todas as cidades de Judá veio gente para buscar ao SENHOR” (2 Crônicas 20:4). Se ele tivesse se desesperado ou alimentado a voz do medo ou da dúvida, certamente, todo o povo também entraria em desespero e começaria a confessar a derrota sem ao menos se dispor a lutar contra aquela situação. Porém, o que acontece quando depositamos nossa confiança em Deus e dependemos d’Ele é exatamente o contrário... Nós influenciamos todas as pessoas que nos cercam a também confiar e depender do nosso Deus, dando a elas a oportunidade de experimentarem o Seu poder em suas próprias vidas.

Depois disso, a Bíblia relata que o rei Josafá pôs-se a clamar, juntamente com todo o povo, na Casa do Senhor dizendo:

“Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante do Teu povo de Israel e não a deste para sempre à posteridade de Abraão, Teu amigo? Habitaram nela e nela edificaram um santuário ao Teu nome, dizendo: Se algum mal nos sobrevier, espada por castigo, peste ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de Ti, pois o Teu nome está nesta casa; e clamaremos a Ti na nossa angústia, e Tu nos ouvirás e livrarás”. 2 Crônicas 20:7-9

O Santuário mencionado nesse trecho refere-se ao Templo que já havia sido construído por Salomão. Dessa forma, Josafá lembrou a Deus sobre a Sua promessa de Aliança com Salomão quando Ele mesmo disse: “Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar (Templo) (2 Crônicas 7:15). Não haveria como Deus não responder a esse clamor, pois além de Josafá expressar sinceridade em suas palavras, o clamor estava sendo feito no mesmo Templo para o qual foi destinada essa promessa.

“Agora, pois, eis que os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir, cujas terras não permitiste a Israel invadir, quando vinham da terra do Egito, mas deles se desviaram e não os destruíram, eis que nos dão o pago, vindo para lançar-nos fora da Tua possessão, que nos deste em herança”. 2 Crônicas 20:10-11

Aqui, vemos claramente que a terra que esses inimigos pretendiam invadir já pertencia ao povo de Israel, pois era a herança que havia sido dada a eles pelo próprio Deus. Mas o que será que teria acontecido caso Israel tivesse desistido de lutar ao invés de enfrentar o medo?

É exatamente assim que o diabo costuma agir na vida daqueles que são fiéis a Deus. Muitas vezes, Deus já até nos deu a resposta que estamos buscando, mas o diabo começa a tentar desviar o nosso foco lançando medo, dúvidas e dificuldades, para impedir de tomarmos posse daquilo que já nos pertence e que já nos foi garantido em herança.

“Ah! Nosso Deus, acaso, não executarás Tu o Teu julgamento contra eles? Porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em Ti”. 2 Crônicas 20:12

Mais uma vez, podemos observar no versículo acima a sinceridade nas palavras de Josafá e o reconhecimento da sua dependência de Deus para vencer aquela guerra. Duas atitudes que agradam a Deus e provocam a Sua resposta imediata como veremos a seguir:

“Então, veio o Espírito do SENHOR no meio da congregação, sobre Jaaziel, [...] e disse: Dai ouvidos, todo o Judá e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá, ao que vos diz o SENHOR. Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus. 2 Crônicas 20:14-15

Mediante a atitude do rei Josafá e do povo de Judá de se colocar na total dependência de Deus, o Próprio Deus tomou para Si aquela peleja e guerreou contra aqueles inimigos no lugar deles. Ao invés de se preocupar em se preparar para a batalha, a única coisa que o povo deveria fazer agora era obedecer às instruções dadas por Deus e permanecer na fé, crendo na vitória.

“Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o SENHOR emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados. Porque os filhos de Amom e de Moabe se levantaram contra os moradores do monte Seir, para os destruir e exterminar; e, tendo eles dado cabo dos moradores de Seir, ajudaram uns aos outros a destruir-se”. 2 Crônicas 20:22-23

Nesse momento, a confiança do povo era tão grande, que eles já começaram a adorar e a agradecer a Deus pela resposta, através dos louvores, antes mesmo de Deus começar a operar o livramento prometido.

“Tendo Judá chegado ao alto que olha para o deserto, procurou ver a multidão, e eis que eram corpos mortos, que jaziam em terra, sem nenhum sobrevivente. Vieram Josafá e o seu povo para saquear os despojos e acharam entre os cadáveres riquezas em abundância e objetos preciosos; tomaram para si mais do que podiam levar e três dias saquearam o despojo, porque era muito”. 2 Crônicas 20:24-25

Quando Deus cumpre a Sua Palavra, a resposta é completa. Além de terem recebido o livramento de Deus (resposta) contra os seus inimigos, o povo ainda recebeu despojos (bênçãos) em abundância, que nem estavam esperando.

O exemplo de fé de Josafá nos ensina que a resposta que estamos buscando em Deus é de nossa responsabilidade, está em nossas mãos. Cabe somente a nós nos colocarmos na total dependência de Deus, toda vez que uma situação contrária se levanta contra nós tentando roubar a nossa fé, a nossa confiança e querendo nos fazer desistir dos nossos sonhos. Quando estamos na dependência de Deus, recebemos força para lutar contra o mal e prevalecer, pois é o próprio Deus que vai à nossa frente na batalha. No caso do rei Josafá e do povo de Judá, se não houvesse a dependência em Deus, com toda a certeza, o desfecho desse episódio teria sido completamente diferente.

“Então, voltaram todos os homens de Judá e de Jerusalém, e Josafá, à frente deles, e tornaram para Jerusalém com alegria, porque o SENHOR os alegrara com a vitória sobre seus inimigos”. 2 Crônicas 20:27

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